Terça passada a editora Aleph promoveu mais um de seus cafés da manhã semestrais para livreiros, blogueiros e colaboradores da editora. Estivemos lá e foi um evento bem legal! Além de ganhar os brindes usuais − desta vez, uma cópia prévia do lançamento de novembro STAR WARS: Marcas da guerra e a linda edição de Eu sou a lenda − vimos apresentações de Orlando Prado, do departamento comercial, do editor e diretor geral Adriano Frommer e do space publisher e figura onisciente nas redes sociais Daniel Lameira. Vamos fazer um resumo do que foi apresentado, muito do que, imagino, deve constar em futuros eventos para leitores!
Vamos lá:
- Orlando começou falando um pouco sobre a editora. Como vocês devem saber, a Aleph tem 30 anos, mas começou a publicar ficção científica nos anos 90 – e então recuperou e revitalizou seu catálogo a partir de 2004, com Laranja mecânica. O legal dessa parte é que vimos vários números e gráficos: hoje em dia, o faturamento da editora vem 45% dos lançamentos (graças em grande parte a Star Wars), o que era bem menor antes. Também vimos alguns gráficos de livros específicos e quanto do faturamento ficou com cada parcela dos agentes: a maioria (como sempre) fica com a livraria, e alguns livros não oferecem grande retorno para a editora (Violent cases foi um deles), mas foram editados mesmo assim, por combinar com o perfil do catálogo. Aliás, Orlando foi livreiro e falou para os colegas na plateia sobre a importância do trabalho deles. Muito bom!
- Adriano falou então sobre a ficção científica em si e como ela oferece um pouco para todos os gostos. Depois de dar uma indireta para uma grande editora brasileira que costumava anunciar que não publicava ficção científica, e hoje em dia faz isso (vou fazer como ele e não mencionar o nome!), também falou de como a Aleph tem foco no leitor e tenta fazer suas edições como eles gostariam de tê-las. Até comentou aquela polêmica absurda de alguns fãs que ficaram revoltados porque não concordavam com o posfácio de Jurassic Park (se você perdeu esse drama, considere-se sortudo). Enfim, a parte mais legal de sua apresentação, para mim, foi mostrar as etapas da produção de capa de Eu, robô, mostrando as capas que saíram no processo: eu contei mais de 20 até chegar à final. A imagem do robô, aliás, foi comprada de um anúncio de um banco suíço ou algo do tipo, que inicialmente queria 20 mil dólares por ela! (Daniel lançou um charme e conseguiu que abaixassem o preço depois.)
- A apresentação de Daniel falou… adivinha? De Star Wars, é claro. Mas mesmo para quem anda lendo muito sobre o assunto, foi bem interessante. Ele enfatizou como a franquia é uma obra colaborativa (que George Lucas nem é a pessoa mais importante no rolê, a gente já sabe), mas também mostrou conexões com coisas anteriores que eu não conhecia (como o fato de a famosa trilha de John Williams ecoar um compositor mais antigo!). Além disso, ele falou sobre a relação bizarra e incrível dos fãs com Star Wars. Eu também não conhecia a história de Albin Johnson, um fã que começou a fazer cosplay de stormtrooper e criou com os amigos um “esquadrão 501”, que um dia se tornaria um dos mais impressionantes fã-clubes da franquia e até apareceria nos filmes. Por fim, alguns números para os curiosos: em 2015, a editora lançou 13 livros de Star Wars, 5 que pararam nas listas dos mais vendidos, com 400 mil exemplares impressos e 80 colaboradores envolvidos no processo. Em 2016, serão mais 15 livros!
- Para terminar, os dois falaram um pouco sobre a política de comunicação da Aleph e a importância que dão à cultura de fã, com iniciativas como o Total Recall (que não dá um retorno financeiro, mas os fãs apreciam), o canal Abdução do YouTube, a página do Facebook (que tem números insanos de curtidas e compartilhamentos) e até a mensagem gravada quando você liga para a editora (use com moderação).
- Quanto aos últimos lançamentos, foram mencionados Troopers da morte (Star Wars + zumbis!), o famoso Marcas da guerra, que trará dicas para o próximo filme, Academia Jedi, Alien, Eu sou a lenda, O último comando (último volume da Trilogia Thrawn), Como Star Wars conquistou o universo, a biografia de Iggy Pop e a coleção do selo Goya, de autodesenvolvimento (que está com capas lindíssimas!). Mas o mais inusitado e interessante foi o anúncio da publicação do livro infantil Os Molambolengos, da atriz Evangeline Lilly (que virá para a Comic Con aqui este ano – o que Adriano revelou antes da hora, mas aparentemente agora é conhecimento geral). Parece bem bonito!
Foi um evento bem gostoso, com piadas, muita informação e comida de graça. Esperamos agora pelos próximos lançamentos da editora!
Quanta coisa legal!!! E a Aleph não lançaria We do Yevgeny Zamyatin? Tô esperando até agora D:
Vão lançar, sim, mas acho que ano que vem!