Sinopse:
O jovem Roan Novachez está ansioso! Agora que terminou a escola primária, tudo o que ele deseja é se juntar aos amigos na Academia de Pilotos. Mas seus planos vão por água abaixo quando ele descobre que foi rejeitado por essa escola e convidado a participar da Academia Jedi.
Agora, sob a tutela do mestre Yoda e cercado por aliens, robôs e outros Jedi, Roan vai enfrentar todos os desafios comuns à idade, além de aprender diversas lições importantes, como utilizar a força, duelar com seu sabre de luz e o mais difícil: dançar com uma garota.
Fonte: Editora Aleph
Ai, a vida de adulto… Cada vez mais difícil. E eis que abro Academia Jedi e o mestre Yoda me reanima com as seguintes palavras: “Não! Tente não. Faça ou não faça. Tentativa não há.”. É com essas palavras, somadas à sinopse, que eu volto no tempo e lembro: toda época tem suas dificuldades… então, vejamos quais são as de Roan!
É sabido que esta é uma resenha MUITOOOO especial, afinal de contas não é sempre que temos uma semana Star Wars dando sopa por aí, né? Muito menos um filme prestes a estrear! Então com esta pequena introdução falarei a respeito de minhas impressões sobre ele livro que, pra início de conversa, tem uma capa MA-RA-VI-LHO-SA.
O livro é bem gostoso de ler pelo fato de que o projeto gráfico foi muito bem elaborado e pela escolha de papel. A fonte (que depois descobri não ser uma fonte, pois o livro foi todo escrito à mão!) me incomodou um pouco, porque eu sou meio fresquinha, mas em nada prejudica a leitura. Entretanto, depois que li que ela foi feita à mão fiquei encantada, pois, sejamos realistas, escrever um livro todo à mão nos dias de hoje demonstra um carinho e cuidado muito grandes para com o leitor. Curti.
A história nos é contada em primeira pessoa, sendo que Roan já a inicia falando sobre suas decepções na vida (é, não tá fácil…). Chega a dar dó dele, porque desde pequeninho ele já fazia planos para ir à Academia de Pilotos, mas as coisas não acontecem de acordo com o que ele planejava e é indicado a ele estudar na Escola de Plantas, algo com que ele tinha verdadeiros pesadelos. E, de acordo com a descrição dele, devia ser bem chato mesmo, afinal quem gosta de areia entrando na cueca?
Roan fica bem tenso por não ter a menor afinidade com plantas, mas eis que chega uma carta da Academia Jedi para ele. E mais: com um recadinho bem especial do querido, do maravilhoso, do mestre mais foda: o próprio Yoda!
Logo de início Roan não está lá tão animado, sente mais um grande alívio por não ir para a Escola de Plantas, mas para a gente, que é leitor, conhece e adora a saga… só de ver a ilustração da academia já dá uma euforia enorme! Durante a leitura, vemos o percurso de Roan até chegar à Academia Jedi, como ele se sente ao chegar lá e, principalmente, como é recepcionado pelos colegas, em especial por Cronah, que não aprecia a chegada de um novato já muito velho para sê-lo.
O momento em que ele conhece e descreve o Yoda é impagável. É de longe uma das melhores e mais divertidas cenas que já vi. Inclusive foi desse professor a primeira aula a que Roan assistiu na academia. Um tempo depois, Roan descobre que a Força é algo mais simples e inato do que ele imaginava. Bem legal.
Um aspecto bem bacana é a relação do garoto com o pai e o irmão mais velho, Dav. Ambos ficam muito contentes e orgulhosos com a entrada de Roan na academia, sendo que o irmão é um grande incentivador dele lá.
Uma das partes que mais curti foi o diário semanal das coisas que o Yoda diz. Coisas que devemos levar pra vida (sim, você, leitor/a está incluso/a nisso). Mestre Yoda é um cara muito necessário, pena que morreu… (Ainda fico triste de lembrar.)
Coisas legais da escola: Eles têm holomail. SEN-SA-CIO-NAL! É bem bacana ler esses e-mails e principalmente os assuntos sobre os quais falam. Em outro momento da história, Mestre Yoda (melhor mestre) aborda temática do bullying com uma sensibilidade e atenção bem legais… =)
O tempo todo acompanhamos as confusões, o esforço e como se dá a evolução de Roan na escola. Também acompanhamos o início de sua adolescência, momento em que ele começa a ficar confuso com relação a seus sentimentos por uma amiga… No final do ano ele se torna um garoto bem mais seguro e cede ao fato de que seu caminho mais provável é aprender a lidar com a força e se tornar um bom Jedi! A trajetória dele na academia é uma história que vale muito a pena acompanhar.
Coisas interessantes de se notar são as curiosidades relacionadas à língua. É bem bonitinho o fato de ele ser um estudante que corrige os erros de grafia de seu diário, elemento que faz o leitor ter mais contato e compreensão sobre aquilo que Roan sente, pensa, teme etc.
No fim, quando você acha que a história está acabando, o que acontece? Sim, um teaser da continuação do livro! Nesse momento saí do meu corpo e voltei, porque estou bem curiosa pra saber como será o segundo ano de Roan na Academia Jedi. Notei que o cuidado para não ceder ao lado sombrio será aumentado, então já tenho desconfianças sobre o que acontecerá na continuação…
Além de tudo isso, no fim do livro há um tutorial bem interessante sobre como fazer seu próprio diário; achei interessante. Depois de terminar o livro, é possível ter um pouquinho de contato com o autor da obra, que é descrito de modo hilário; também nos são passadas algumas informações sobre sua vida. Assim como nós ele também não teve a sorte de ser aceito na Academia Jedi, então estudou em uma escola comum mesmo…
Visto tudo isso, creio que vocês, que são nerds e têm filhos, têm nas mãos um dos melhores argumentos pra encantar seus filhos e provar para eles que Star Wars é uma das melhores franquias que há! A linguagem e a leitura são muito fluidas, o que prende 100% da atenção do leitor, mesmo quando ele está com sono (fui dormir bem tarde porque queria continuar lendo); ademais o livro se passa em uma Academia Jedi, ou seja, tudo nele é bem didático e explicadinho.
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Academia Jedi
Autor: Jeffrey Brown
Tradutora: Isadora Prospero (sim!)
Editora: Aleph
Ano desta edição: 2015
174 páginas
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Citações preferidas
Não consigo entender metade das coisas que ele diz. Mas ele tem setecentos anos de idade. Será que era mais fácil entendê-lo uns duzentos anos atrás?
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Matemática parece bem complicado às vezes, mas tento me lembrar de que na verdade são apenas contas.
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Dessa vez, RW-22 se moveu – não para cima, ele só rolou para fora do quarto. Mas antes parou e se virou para me dar um bipe mais irritado. Não sei o que fiz de errado, mas RW-22 estava bem quando o encontrei mais tarde. Talvez tenha apagado o incidente de seu banco de memória…
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Yoda teve uma conversa comigo, aliás. Ele me incentivou bastante, então acho que ainda tem fé em mim.
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Yoda pareceu um pouco emocionado. Vou sentir falta de também. Em especial agora que finalmente consigo entender o que ele está dizendo. Pelo menos a maior parte do tempo.
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