[Resenha] Tiger Lily

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Sinopse:

Tiger Lily não acreditava em histórias de amor ou finais felizes, até encontrar Peter na floresta proibida da Terra do Nunca. Diferente de todos que conhecia, ele era impulsivo, corajoso e fazia seu coração bater mais rápido. Mas como líder dos Garotos Perdidos, os mais temidos habitantes da ilha, Peter era também um parceiro improvável para Tiger Lily. Ainda assim, ela logo se viu arriscando tudo – sua família e seu futuro – para estar com ele.

Fonte: Morro Branco

Aqui no Sem Serifa, amamos livros de fantasia – e temos dezenas de resenhas para provar. Mundos com magia e encanto, onde os personagens encontram desafios e aventuras só possíveis na ficção. E encontrei um mundo ainda mais especial em Tiger Lily, um que todos nós conhecemos desde a infância e cujas regras básicas já fazem parte do nosso imaginário, mas que nunca nos cansamos de visitar: a Terra do Nunca.

Tiger Lily é um prelúdio à história de Peter Pan de J. M. Barrie, que muitos de nós conhecemos graças à adaptação da Disney de 1953. Mas o romance juvenil de Jodi Lynn Anderson conta a história da amiga indígena de Peter (tradicionalmente conhecida nas traduções brasileiras como Tigrinha) e de sua relação com os outros habitantes da Terra do Nunca – inclusive com a fada Sininho, que é quem narra o livro.

Na versão de Anderson, Tiger Lily é uma órfã que foi encontrada no mato e criada pelo xamã Tic Tac. A garota é a ovelha negra de sua tribo, não se encaixando nos comportamentos e características esperados para uma mulher, e cresce como uma personalidade independente e reservada, mais conectada à natureza selvagem de onde veio do que ao povo com o qual convive. Esse contexto só contribui para que ela desobedeça às regras e adentre a Floresta Proibida, onde habitam os Meninos Perdidos, liderados pelo meu, o seu, o nosso crush da infância: Peter Pan. O relacionamento entre os dois se desenvolve de forma natural, gostosa de ler como em todo bom YA.

Esse livro tem tudo o que se pode esperar dele: piratas, crocodilos, fadas, sereias, aventura. Mas também traz elementos inesperados e muito bem-vindos, que levantam discussões sobre machismo, violência doméstica, religião, dominação cultural e até identidade de gênero. A melhor surpresa é Tic Tac: o xamã da aldeia é não binário e usa suas poções não apenas para curar os enfermos, mas também para cuidar de suas longas tranças, além de bordar os próprios vestidos.

Cada parágrafo desse livro é cheio de magia. As descrições da Terra do Nunca são deliciosas, e a história consegue misturar o familiar e o deslumbrante, terras imaginárias e personagens com os quais é muito fácil se identificar.

*

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Tiger Lily
Autora: Jodi Lynn Anderson
Tradutora: Cláudia Mello Belhassof
Editora: Morro Branco
Ano desta edição: 2018
320 páginas

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