[Resenha] Jane, a raposa e eu

Capa-Jane, a raposa e eu.inddSinopse:

Anos 1980 em Montreal, Canadá. Depois de ter sido excluída do grupo de amigas, Hélène está sozinha e seu nome é visto nas paredes ao lado de insultos. A leitura de Jane Eyre, o primeiro romance de Charlotte Brontë, é seu refúgio contra as perseguições. Mas o pior está por vir. Uma semana de acampamento com os colegas de classe. No entanto, é aí que dois encontros vão transformar sua vida: uma raposa de olhar doce e uma garota que de repente enche o mundo de palavras.

Fonte: WMF Martins Fontes

Comecemos com o fato de que Jane Eyre é um dos meus livros preferidos e você já vai entender por que me apaixonei por essa curta HQ de duas canadenses.

A autora Fanny Britt e a ilustradora Isabelle Arsenault se juntaram para contar a história de Hélène, uma garota de Montreal que foi abandonada pelo grupo de amigas e se vê isolada na escola, vítima de piadas e perseguições. A obra trata do isolamento causado pelo bullying de um modo muito real, incluindo as mentiras que Hélène conta para a mãe.

Enquanto tenta sobreviver ao dia a dia e ficar invisível, a garota encontra refúgio em um livro: Jane Eyre. A história da pobre Jane, que se acha feia e desinteressante, naturalmente ressoa com a menina. O livro é uma proteção também física, quase uma barreira entre ela e o mundo (quem nunca se escondeu atrás de um que levante a mão!), principalmente quando Hélène é obrigada a ir para um acampamento com a turma.

A trama é simples, mas contada com extrema sensibilidade, e o uso de Jane Eyre é muito bem feito: a identificação de Hélène com a personagem faz sentido e acompanhamos sua leitura da história até o final feliz de Jane, que ela acredita que jamais acontecerá com ela. Contrastando com o mundo preto-e-branco do dia a dia de Hélène, as partes que tratam de Jane Eyre são coloridas – uma via de escape, muito mais vívida que a realidade em si. Até o final da HQ, o uso da cor continua transmitindo as sensações da protagonista, e também aparece em um encontro singelo com uma raposa que encanta a garota.

A conclusão é muito bonita e a obra toda é encantadora, devendo agradar a leitores jovens e adultos (especialmente se eles já gostarem de Jane!). A leitura é rapidinha e a edição está impecável. Recomendo!

*

Jane, a raposa e eu
Autoras: Isabelle Arsenault e Fanny Britt
Tradutora: Beatrice Moreira Santos
Ano de publicação: 2012
Ano desta edição: 2016
Editora: WMF Martins Fontes
104 páginas

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