Esta resenha trata do livro 4 da série Como treinar o seu dragão, mas não contém spoilers dos outros volumes.
Sinopse:
Será que Soluço vai encontrar o antídoto para a picada da Vorpente Venenosa e ainda por cima derrotar o assustador Garra da Destruição? E ele vai conseguir vencer o perigoso machado de Norberto, o Demente, para mais uma vez ser o herói da história?
Fonte: Intrínseca
Soluço Spantosicus Strondus III é o herdeiro do trono dos Hooligans, uma tribo de vikings muito grosseiros, que gritam bem alto com seus dragões de combate, com seus inimigos e com seus amigos. Mas Soluço não é como os outros Hooligans: magro, pequeno e sem grandes tendências à violência, ele é a última pessoa que os vikings gostariam de ter como líder. Para piorar a situação, seu dragão, Banguela, é da raça mais delicada e inofensiva, e nem mesmo ele respeita Soluço. A única vantagem que o garoto tem sobre os outros vikings, além de ser muito mais esperto, é que Soluço é a única pessoa capaz de falar dragonês, a língua dos dragões.
Nesta quarta aventura da série (que não precisa ser lida em sequência), Soluço precisa salvar seu melhor amigo. Perna-de-peixe foi picado por uma vorpente venenosa e está fadado a morrer em poucas horas, a não ser que alguém lhe traga o antídoto: o Vegetal-Cujo-Nome-Ninguém-Ousa-Dizer. Este vegetal está nas mãos da terrível tribo dos Histéricos, que estão dispostos a matar crianças Hooligans apenas para se divertir, mas Soluço não tem escolha senão partir nessa missão. Sem o apoio dos adultos e sem seu melhor amigo, ele vai para sua aventura acompanhado de Banguela, Caolho (um dragão das neves) e Camicazi, a garotinha ladra que conheceu no volume anterior.
Camicazi é uma ótima adição ao time de Soluço. Ela é a única personagem feminina do livro, mas é mais inteligente e habilidosa do que todos os outros personagens juntos. Ela é empolgada, versátil, extremamente confiante e bem disposta à aventura. Embora não tenha muita profundidade, já é uma imensa melhora em relação aos dois primeiros volumes (que não tinham nenhuma mulher).
Banguela continua cativante, em partes devido ao contraste causado quando o leitor confronta sua personalidade egoísta e rabugenta com as meigas ilustrações criadas pela autora. Stoico, o Imenso, também está encantador como sempre: é durão, malvado e bruto até com o próprio filho, mas se derrete quando percebe qualquer ameaça ao pequeno Soluço.

Banguela de casaco ❤

Quem aguenta uma fofura dessas?

Página dupla com as incríveis ilustrações de Cressida Cowell
A aventura deste livro, como a dos anteriores, tem um ritmo acelerado, diálogos divertidos e uma boa moral. A trama nos ensina a nunca duvidar de nós mesmos, e a acreditar no impossível (sempre nos lembrando que quase nada é realmente impossível).
“– Não existe nada im-POSSÍVEL, Soluço – bufou Velho Enrugado –, apenas im-PROVÁVEL. A única coisa que nos limita são os limites da nossa imaginação… e eu achava que você fosse um menino de imaginação fértil.”
E mais uma vez, Soluço também dá uma lição de empatia e subverte os clichês de grandes heróis que matam os monstros sem pensar duas vezes. Não estou defendendo Smaug nem nada, mas é legal ler um livro em que o herói tenta entender a motivação do vilão, pra variar. E o fato de isso acontecer justamente numa história infantil é um belo bônus.
– E quem vai dizer que a vida do seu amigo vale mais do que a de um dragão?
É impossível não adorar os personagens de Cressida Cowell – que a autora retrata habilmente nos desenhos que ilustram a história. Com uma história empolgante e bem escrita, Soluço e seus amigos mais uma vez salvam o dia dos Hooligans e garantem um sorriso do leitor.
*
Clique aqui e compre esse livro na Amazon.com.br!
Como quebrar a maldição de um dragão
Série: Como treinar o seu dragão (livro 4 de 12)
Autora: Cressida Cowell
Tradutora: Raquel Zampil
Editora: Intrínseca
Ano desta edição: 2010
240 páginas
Exemplar cedido em parceria com a Intrínseca.
Pingback: [Especial] Livros favoritos de 2017 + lista de leituras do ano | Sem Serifa
achei muito bom o livro
Olha primeira mente eu gostei e a Judá muito as pessos q não entendeu o livro