[Resenha] Olhos d’água

Sinopse:

Em Olhos d’água Conceição Evaristo ajusta o foco de seu interesse na população afro-brasileira abordando, sem meias palavras, a pobreza e a violência urbana que a acometem. Sem sentimentalismos, mas sempre incorporando a tessitura poética à ficção, seus contos apresentam uma significativa galeria de mulheres: Ana Davenga, a mendiga Duzu-Querença, Natalina, Luamanda, Cida, a menina Zaíta. Ou serão todas a mesma mulher, captada e recriada no caleidoscópio da literatura em variados instantâneos da vida?

Elas diferem em idade e em conjunturas de experiências, mas compartilham da mesma vida de ferro, equilibrando-se na “frágil vara” que, lemos no conto “O Cooper de Cida”, é a “corda bamba do tempo”. Em Olhos d’água estão presentes mães, muitas mães. E também filhas, avós, amantes, homens e mulheres – todos evocados em seus vínculos e dilemas sociais, sexuais, existenciais, numa pluralidade e vulnerabilidade que constituem a humana condição. Sem quaisquer idealizações, são aqui recriadas com firmeza e talento as duras condições enfrentadas pela comunidade afro-brasileira.

Fonte: Pallas

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[Especial] Future Con – 17-20 setembro 2020

 

Futurecon

Acabo de sair da cálida conferência de impresa (chique!) da FutureCon: uma convenção de ficção científica que se propõe a trazer discussões verdadeiramente globais e com perspectivas diversas sobre literatura e mercado editorial.

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[Resenha] No seu pescoço

Capa do livro No seu pescoçoSinopse:

Publicado em inglês em 2009, No seu pescoço contém todos os elementos que fazem de Adichie uma das principais escritoras contemporâneas. Nos doze contos que compõem o volume, encontramos a sensibilidade da autora voltada para a temática da imigração, da desigualdade racial, dos conflitos religiosos e das relações familiares.

Combinando técnicas da narrativa convencional com experimentalismo, como no conto que dá nome ao livro – escrito em segunda pessoa –, Adichie parte da perspectiva do indivíduo para atingir o universal que há em cada um de nós e, com isso, proporciona a seus leitores a experiência da empatia, bem escassa em nossos tempos.

Fonte: Companhia das Letras

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[Resenha] Eu sou Malala

malalaSinopse:

Quem é Malala? O mundo a conheceu em outubro de 2012, quando foi baleada por extremistas do Talibã por insistir no direito das mulheres à educação. Mas Malala não é apenas um símbolo de luta por uma causa nobre. É uma personalidade excepcional, criada num ambiente rodeado por adversidades impensáveis ao leitor de países habituados à democracia. Eu sou Malala conta a história de uma menina que, aos dezesseis anos, foi convidada a dirigir-se ao mundo em um discurso na sede das Nações Unidas, em Nova York. Apesar de seus poucos anos de vida, sua trajetória condensa os impasses de uma família exilada pelo terrorismo global e os obstáculos à valorização da mulher no mundo muçulmano.

Fonte: Companhia das Letras

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[Resenha] Os sete maridos de Evelyn Hugo

Capa do livro Os sete maridos de Evelyn Hugo: uma foto, editada para ficar toda em verde, de uma mulher com vestido de festa com as mãos no quadril e na cintura. A imagem não mostra o rosto da boca para cima e o título do livro e nome da autora estão aplicados por cima em rosa

Sinopse:

Lendária estrela de Hollywood, Evelyn Hugo sempre esteve sob os holofotes ― seja estrelando uma produção vencedora do Oscar, protagonizando algum escândalo ou aparecendo com um novo marido… pela sétima vez. Agora, prestes a completar oitenta anos e reclusa em seu apartamento no Upper East Side, a famigerada atriz decide contar a própria história ― ou sua “verdadeira história” ―, mas com uma condição: que Monique Grant, jornalista iniciante e até então desconhecida, seja a entrevistadora. Ao embarcar nessa misteriosa empreitada, a jovem repórter começa a se dar conta de que nada é por acaso ― e que suas trajetórias podem estar profunda e irreversivelmente conectadas.

Fonte: Companhia das Letras

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[Resenha] Fluam, minhas lágrimas, disse o policial

Sinopse:

No romance Fluam, minhas lágrimas, disse o policial, Dick explora os limites entre percepção e realidade, criando uma impressionante distopia na qual Jason Taverner, um dos apresentadores mais populares da TV, um dia acorda sozinho num quarto de hotel e percebe que tudo mudou; que se tornara um ilustre desconhecido. E pior. Descobre que não há qualquer registro legal de sua existência.

Dividido agora entre duas realidades, ele vê-se obrigado a recorrer ao submundo da ilegalidade enquanto tenta reaver seu passado e entender o que de fato aconteceu, dando início a uma estranha busca pela própria identidade.

Fonte: Editora Aleph

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[Resenha] Os despossuídos

capa nova Despossuídos

capa nova Despossuídos

Ganhador do prêmio Nebula, em 1974, além do Hugo e do Locus em 1975, Os despossuídos lida com temas fundamentais a sua época, como embate entre o capitalismo, o comunismo russo e o anarquismo. O romance se passa em dois planetas-gêmeos, Uras e Anarres, com sistemas políticos opostos e prestes a entrar em conflito, numa alusão à Guerra Fria.

Fonte: Editora Aleph

 

 

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[Especial] 6 anos de Sem Serifa, ou: por que corres, leitor?

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De quando a gente fez umas fotos para o blog, lá pelo segundo ano

O Sem Serifa completou mais um ano de existência, e foi um ano atípico. Em meio à correria de dezembro, nós sequer fizemos o tradicional bolo de aniversário do blog (eu sei, vocês estão arrasados por isso). Mas a verdade é que isso não aconteceu apenas pelas atribulações de fim de ano – nós temos mesmo dedicado menos tempo e energia ao blog. Cada uma de nós teve seus motivos para isso, e no meu caso foi um misto entre a recuperação de um burnout e o processo de ressignificação da minha produtividade. E é neste ponto que o caro leitor percebe que está sendo desviado para um post sobre slow reading.

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[Especial] Goodreads Choice Awards – dicas de edições brasileiras

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O mais prestigioso prêmio literário de voto popular já começou! O Goodreads Choice Awards está na 11ª edição e é concedido a livros de 20 categorias, escolhidos via votação dos usuários da plataforma – um júri de cerca de 90 milhões de pessoas!

O prêmio ajuda a sentir a percepção de uma comunidade de leitores sobre os livros publicados naquele ano e pode servir como radar para editoras que publicam obras estrangeiras por aqui.

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[Resenha] O ano em que disse sim

Sinopse:

Um livro motivador da aclamada e premiada criadora e produtora executiva dos sucessos televisivos Grey’s Anatomy, Private Practice e Scandal, e produtora executiva de How to Get Away with Murder. Você nunca diz sim para nada. Foram essas seis palavras, ditas pela irmã de Shonda durante uma ceia de Ação de Graças, que levaram a autora a repensar a maneira como estava levando sua vida. Apesar da timidez e introversão, Shonda decidiu encarar o desafio de passar um ano dizendo “sim” para as oportunidades que surgiam. Os “sins” iam desde cuidar melhor de sua saúde até aceitar convites para participar de talk shows e discursos em público. Além disso, Shonda deu um difícil passo: dizer sim ao amor próprio e ao seu empoderamento. Em O ano em que disse sim, Shonda Rhimes relata, com muito bom humor, os detalhes sobre sua vida pessoal, profissional e como mergulhar de cabeça no “Ano do Sim” transformou ambas e oferece ao leitor a motivação necessária para fazer o mesmo em sua vida.

Fonte: BestSeller

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